21/10/2009

Enfim Outono!


Já tardava. Andava tudo meio esquisito. Que calor! Que mar! Desde ontem está diferente. O mar à noite faz o seu barulho de costume. As ondas estão grandes. A praia está cheia de espuma!







O pipoco com a «cobertura» de Inverno.

Um beijinho para a Gala

Um dos aspectos negativos das férias em casa é a Gala. Normalmente, durante a semana, saio antes dela chegar e volto já depois dela se ir embora. Nas férias, de manhã, quando oiço bom dia, bom dia, olá meninos, bom dia...... levanto-me meio nú, a correr para a casa de banho e fecho-me lá dentro.
Por vezes sou apanhado no trajecto: Olá Gala! Está tudo bem consigo? Deixe-me ir vestir....
Ela já está cá em casa à cerca de uma década. Tem tanto de eficiente como de destruidora. Não percebo metade da coisas que diz, e tenho sempre de recorrer à «menina» Gi para eficiente tradução. Gosto quando faz o almoço, comidas meio-esquisitas. Gosto da maneira militar como faz a cama (ela era sargento na base naval de Murmansk), gosto (parto o coco a rir quando descubro) da maneira como remenda as coisas que parte - chwing gum (lembro uma vez, à bem pouco tempo, compramos um jarro para a água, e a Gi, gosta sempre de peças bonitas com design, ou seja, foi um pouco caro, e pusemos em cima da bancada para pôr na máquina para lavar - foi a última vez que o vimos!)
A Gala e os Nicos.
Bem. Ela gosta deles e eles gostam dela. Ela impõe o respeito militar.

(Todos cá fora à espera que ela termine para poderem entrar. Estão tristíssimos)

O Remo tem autorização para estar lá dentro, porque está velhinho. Ela gosta deles. Quando o Jaba morreu e foi cremado, ela viu a caixinha com as cinzas dele e pôs-se a chorar... o meu jabinha tão grande e agora deste tamanho....

20/10/2009

Obrigado JABA


Os animais, principalmente os cães, são seres cuja devoção, lealdade e amor aos donos, ultrapassa tudo aquilo que temos como «exemplar» na raça humana. São sinceros. Não fingem. Não mentem. Estão sempre prontos a dar. Quantas vezes acordo, ou doente ou mal disposto e há sempre SEMPRE, uma fuça contente pronta a lambuzar o seu dono? Não me posso chatear com eles. São os melhores amigos. Confidentes? Sim também. Ouvem, ouvem e no fim lá damos uma guloseima.
O Jaba, de nome completo Jaba Augusto de São Sebastião e Bragança (Jaba porque tenho um fraquinho pela Star Wars e como ele era tão grande parecia um Jabu (demo) ou Jabba the Hut; Augusto porque era grande, magnânime; São Sebastião, foi o local onde nasceu; Bragança, foi o sr Bragaça que nos deu) era um Rafeiro do Alentejo, filho de campeões nacionais, tinha pedigree. Era imenso. Pesava 75 kg. O veterinário/a dizia que não conhecia nenhum tão meiguinho e grande como ele. Quando veio para casa, pequeno - que já era grande - parecia um boneco. Era colocado no banco de trás do carro, e quando paravamos lá estava ele na mesma posição. Tinha muitas paranóias: não subia ao primeiro andar, tinha medo da trovoada e foguetes, tinha medo da espumado mar, o reflexo dos azulejos bloqueava-o e tínhamos de pôr tapetes na cozinha para ele saír de lá....
Chamavam-no de vitelo na aldeia. Quando era a altura do cio, era uma tragédia. Plantava-se à frente da casa das pessoas e não deixava ninguém entrar, tinham de chamar a GNR e lá íamos nós buscar o Jaba.
Tenho muitas saudades dele. Enchia a casa. Tenho a certeza que proporcionei a este meu AMIGO uma vida agradável. Até ao fim, na sua agonia. Até sempre JABA.

 (ele gostava muito de correr nos areais, e, no topo da falésia, ver o mar)

(no seu pipoco que adorava - também - até ao fim, fiz questão que ele andasse nele)

19/10/2009

SWIMMING POOL - Open soon

Será que é para mais 9 anos? Esperemos que sim. As obras de manutenção da piscina, finalmente acabaram. Paredes limpas, chão rectificado e reparado, liner novo, saídas de água e tomada de aspiração novas, água nova (Ricky, 4 VTT-não-sei-que de 9500 litros !!!). Foi desde as 8 da manhã.

Na fase de enchimento....














Já cheia (a casinha lá atrás até se ri de contente.....)

Tarados pelo jipe

Não posso saír no meu pipoco! Mal dou à chave do Land Rover, é o que se vê! Desatam a correr, a esgravatar a porta. Querem ir.
E vão.
Que remédio!

O meu avô Pinto



Quando penso no meu avô Pinto vêem-me à cabeça três ideias: Viseu, piloto, e chato.

A minha família Ferreira Pinto é de Viseu. São todos louros. O meu pai e tio tinham o cabelo quase branco em pequenos. Os meus primos são louros. Ele dizia - para desgosto dela - que a minha mãe tinha estragado a raça!
Só bebia vinho Grão Vasco, (do Dão Claro) e água do Vimeiro.
O Paulo, o primogénito, era o favorito. Eu, era o cantiflas.
Tinhamos de ter o cabelo cortado como ele. Os calções tinham de ser acima do joelho, como ele.....

Era piloto. Tinha histórias engraçadíssimas, como aquela em que foram a França buscar os Dragon Rapid, e caíram antes dos Pirinéus voltando de comboio para Lisboa.


Ele era uma pessoa do mundo. Vivia tão depressa em África, como na casa de Santa Cruz, em Lisboa ou na Malveira. Era uma confusão.
Nunca passei um Natal com ele, nem nunca foi aos meus anos. Ia e vinha com uma velocidade que não deixava saudades.


Muito cedo ficou viúvo. A minha avó faleceu com vinte en poucos anos, complicações pós-parto. Ficou em Bissau.
O meu avô «despachou» os filhos para a irmã -a minha tia Zaida - , e teve, como se fugisse à própria vida, uma vida de aventura e desprendimento.
Era uma pessoa culta. Escrevia, desde os tempos na Base de Sintra, em diversos jornais. Tinha colunas regulares no «Jornal de Sintra», «Badaladas da minha Terra», «Moca de Rio Maior» e colaborações no Diabo.
Era amigo dos seus amigos, e conservava fortemente as amizades.
Recordo que recebia todos os natais um postal de Otto von Habsburg, o pretendente ao trono do império austro-hungaro, e que se cruzou com o meu avô na Guiné, estando na altura a escrever o seu trabalho «Afrika Ist Nicht Verloren: Schwarz und Weib--Partner, Nicht Feinde», na qual escreve uns capítulos sobre a àfrica portuguesa. E, refere um episódio, na Guiné, debaixo de uma forte trovoada, o meu avô aterrou o Dornier numa praia, mesmo à beira-mar, saíram do avião, abrigaram-se, e no dia seguinte lá foram outra vez .

Era chato.
Era um político. No tempo do Gen. Humberto Delgado, que acompanhou, a DGS impediu os filhos de frequentarem o Colégio Militar. Após o 25 de Abril, virou extrema direita tendo mesmo sido candidato a deputado pelo PDC (partido da democracia cristã).
E eu e o meu irmão lá viviamos no turbilhão de ideias entre a esquerda (do meu avô Diniz) e a direita (do meu avõ Pinto). Tinhamos de ler o: Avante, o Diário, a Moca e o Diabo! Era uma trabalheira!

17/10/2009

Keep on surfing...


Este Outono tem sido de loucos. Dia 17 já a meio do mês! E nós, melhor que no Verão. Há menos gente, a água está boa, a praia é finalmente nossa. Aqui na foto, sábado de manhã, lá fomos no Land Rover para a Praia Pequena, a nossa favorita. O Miguel e o Henrique foram surfar, ficando eu o Diogo e o Zé Miguel encarregues dos banhos. E foi uma banhoca de 2 horas!!!!!! No final lá fui eu ao surf, mas a maré estava a subir e já não pude fazer mais (sempre desculpas né?)

(na foto o Henrique, o Diogo, o Zézito, eu e a «minha» prancha)

28 anos depois

Na passada sexta-feira, dia 16/10, foi o início das comemorações no Colégio Militar a que se deu o nome de Início do Ano Lectivo.
Tinha de lá ir. Tinha de ir ver o 272, o meu Henrique.
Estava cheio de medo de lá voltar. Já não entrava por aqueles portões à 28 anos.
Medo de tantas recordações. Aquela casa que me acolheu durante 7 anos da minha vida. Talvez os piores e os melhores anos. Nela passei de miúdo a homem. Perdi o meu pai. Tinha os meus amigos. Estava afastado da minha mãe.
Soube à última da hora que a minha mãe também ia (ver o seu neto claro), e encontrei-me lá com ela. Agarrei-lhe o braço e entrei pelos portões. Nessa altura, houve qualquer coisa de extraordinário em mim. Uma sensação de paz interior e uma angústia enorme. Subi rapidamente as escadas dos claustros em direcção às varandas superiores. Fui direito ao «geral» das salas de aulas e ali fiquei um pouco a olhar em redor. Nada tinha mudado!
Saí rapidamente e entrei na capela.
Ali, que em tantas alturas, tinha procurado o conforto, a sabedoria e o alento Daquele que me ajudava a ultrapassar a solidão e o medo.
Já na varanda, começam a entrar as companhias. A 1ª, a 2ª a 3ª e finalmente a 4.ª. Assiste-se a Ordem Unida. O bater das mãos nas armas. O som das armas a baterem no chão.
Era um ciclone de recordações. Entra o estandarte. Entra a bandeira Nacional. O comandante grita: «Batalhão em continência à bandeira apresentaaaarrr Aaaarmmmaaa».
O batalhão, em unísono, bate numa cadência de séculos, na coronha e cano da arma. Toca o hino nacional pela banda do exército. Canta-se, nos claustros, numa ambiência que lhe é única as estrofes que nos unem na mesma Nação.
Gritou-se vários Zacatras. Foi entregue como é habitual, a espada pertencente ao rei D. Carlos, que confiou ao comandante do batalhão como testemunho da lealdade à Pátria.
Tinha os olhos humedecidos. A minha mãe chorou.
No final, à saída pelos portões, agarrou-me o braço e disse «vocês tiveram uma infância muito difícil»....

(a minha mãe, a Margarida, o Paulo, o Miguel e em baixo o Diogo)

13/10/2009

Caminhos da Cultura – O Outro Lado do Património

Saiu no «Jornal de Sintra», texto de Vanessa Sena Sousa.

Em articulação com o programa “Sintra: Capital do Romantismo”, foi criado o roteiro “Caminhos da Cultura – O Outro Lado do Património”, apresentado pela autarquia no dia 25 de Setembro na Sala Manuelina do Palácio Nacional. Destinado a apresentar os recantos mais esquecidos do concelho, esta obra é destinada tanto aos sintrenses como aos turistas.


Este não se trata de um roteiro usual, mas de um projecto em continuidade. “Esta é uma obra inacabada”, explicou o vereador da Cultura e do Turismo da Câmara Municipal de Sintra, Luís Patrício, que tem como um dos objectivos “divulgar a parte do património que, por vezes, é menos referenciada”.

A coordenadora do projecto e técnica superior do Núcleo do Património Histórico e Antropológico da autarquia, Maria Teresa Caetano, revelou que “a ideia surgiu porque se constatou que o turismo em Sintra é massificado”. De facto, os turistas acabam por visitar os mesmos lugares, os mesmos monumentos e conhecem pouco ou desconhecem completamente a história, as estórias e as lendas desses lugares.

A obra, apresentada num dossiê com quatro capítulos (ou “quatro caminhos”), refere um pouco de tudo isso e apresenta as coordenadas, inclusive em GPS, num formato que “pode ser usado individualmente por cada pessoa de uma forma prática e eficaz”, explicou Luís Patrício. Esta obra será, assim, uma forma de redistribuir os fluxos turísticos de Sintra por novos itinerários, abrangendo a oferta de espaços ao aproveitar aqueles que foram ficando no anonimato enquanto o centro da Vila foi recebendo a maioria dos visitantes do estrangeiro.
Porque Sintra é muito diversificada em espaços com uma “flora e fauna únicas”, repleta de “recantos que não são visitados”, como indicou Maria Teresa Caetano, e porque existe uma grande quantidade de museus no concelho, “muito dispersos e pequenos, mas com riquezas que a maior parte das pessoas desconhecem”, era já necessário um compêndio de todos os lugares que vão passando despercebidos mas que, outrora, foram aclamados por muitos artistas, especialmente escritores. Esteve também presente na cerimónia o professor universitário José Manuel Anes, que já publicou diversas obras sobre Sintra, especialmente sobre a Quinta e o Palácio da Regaleira, e que foi convidado a comentar a obra apresentada. Sublinhando algumas das referências literárias a Sintra, o estudioso focou alguns pontos da história, sublinhando a importância do imaginário como uma parte fundamental das origens de Sintra.

Dois anos depois te ter sido concebida a ideia, naquela mesma sala do Palácio Nacional, foi assim apresentada publicamente, a obra que “é um trabalho a acabar todos os anos”, como ressaltou o presidente da autarquia, Fernando Seara, já que é uma “recolha de estórias com história” que tanto é um “ponto de partida” como “um ponto de chegada”.

08/10/2009

A vida bucólica no campo - Parte I

A vida no campo, é saudável.
Os passarinhos..., o ar puro..., a verdura.... é uma maravilha!
Ainda na passada terça-feira, chegava a casa, chovia a cântaros, quando vi a enxurrada de água que galgando a caleira do portão que estava cheia de terra e lixo, escorria pelo meu caminho abaixo, já abrindo um roço de todo  tamanho!
E eu, lá entrei, fui calçar as galochas, vesti o meu impermável amarelo tipo «obras», fui buscar a pá e a enchada, e, cumprindo as maravilhas do campo, fui exercer os bracinhos!
Claro está, que ao fim de um dia de trabalho na urbe, nada melhor do que cavar e acartar terra


(a entrada vendo-se a vala cavada pela chuva)

Tirei as grelha metálicas, desentupi o ralo do muro e comecei a tirar a terra. Quando terminei estava completamente encharcado, meias, cuecas tudo...............
A vala ficou no caminho, a fase seguinte é tapá-la.

Bar Mitzvah

Não não fez 13 anos. Não nem nada a ver com a religião judaica. Tem mais a ver com o conceito do que com o conteúdo: RITUAL DE PASSAGEM!
Significa que passa do estado «mais-ou-menos-caseiro» para GALDÉRIO !!!
E como vemos isso agora? Simples. Pela chapa que tem ao pescoço. Sim tem chip, mas o que interessa? Nesta chapa tem os telefones todos, nada mais nada menos que dois telemóveis e um fixo (ainda na segunda, estavamos em Cascais, quando liga um velho para o telemovel da Gi a perguntar se o cão - Remo - se tinha perdido ou se o tinhamos abandonado - Helllllllllloooooooo se o abandonasse tinha os contactos??? hellloooooooo - ASSHOLE. À conta destas chapinhas estamos não-sei-aonde e ligam: olhe está aqui um cão.... blá bla´blá .... e já sabemos, temos de ir buscar o Remo ou pedir a algum familiar para o fazer.
Por isto, o meu Barro (Barro Euclides de São Romão), tornou-se oficialmente um GALDÉRIO.

04/10/2009

Um dos dedos...

Como já tinha referido num post anterior, eles são como os dedos das mãos: são todos diferentes. O de hoje, o Rodrigo, é um bom correço!

(no almoço de N. Sra. da Graça)
Mal me vê é: tio vamos brincar às escondidas? vamos jogar à bola? vamos.....
É uma canseira. Uma BOA canseira!
Quando não me vê pergunta por mim: o tio pedu? o tio Pu?
E eu, quando o vejo, não resisto, Vamos lá brincadeira!!!!

Open Praia-das-Maçãs (ou Torneio ATP - Advanced Task Pork)

La vida Loca

09:00 - 10:00 -  Jogo. Vários set's, alguns a pares.
Intervalo para Bica
Início do «Grelhamento do Porco». Nota de pesar: mesmo dizendo que gostava de carne mal passada, e não tendo nenhum de nós tomado o pequeno almoço, foi-nos recusada uma fatiazita crua...)

10:00 - 11.. e tal - Cá está! mais forte que nós! Banhoca........ Báltico.



12: e tal - Piscina! água outra vez...........


14:00...... - Almoço: Porco até fartar.......
15:00 -  em diante: Jogo até às 19:00. Foram dois sets a pares. Claro está que depois de um dia destes perdemos os dois!!!!!!!!!! (mais grave é que os pares eram femininos. Odeio as Patrícias e as não sei q........ de servem que nem umas toninhas..........) Pirolito se não treinas o serviço estamos lixados.........


Tesourinhos deprimentes - 2

Claro está que mais uma vez, o protagonista desta história é, como não podia deixar de ser, o menino REMO.

Ele, endiabrado como é, não pára quieto. É correria, saltar de um lado para o outro do muro, auto-mau, e um não acabar de atitudes classificadas como de «bicho carpinteiro».

Numa destas habilidades, concretamente o «saltar o muro de um lado para o outro», bateu com a mão esquerda no fio do muro, partindo o Rádio e o Cúbito do antebraço esquerdo.
Levou não-sei-quantas talas de material XPTO, os veterinários punham tudo do mais avançado e, ao fim de uma semana (nem sei se tanto), lá estava ele a ser operado para lhe colocarem outras porque ele partia tudo.
Até que, já fartos desta «vida», os Vet's operaram-no e colocaram uns ferros a segurar os ossos porque aquilo nunca mais solidificava.

Para nos certificar que ele ficava quieto, tivemos de contratar um «pet sitter», um amigo que estava desempregado e pagando ao dia + tabaco + comida, lá ficou em casa a tomar conta do menino REMO. Claro está que aquela perninha ficou na altura por uns milhareszinhos de euros.