20/10/2009

Obrigado JABA


Os animais, principalmente os cães, são seres cuja devoção, lealdade e amor aos donos, ultrapassa tudo aquilo que temos como «exemplar» na raça humana. São sinceros. Não fingem. Não mentem. Estão sempre prontos a dar. Quantas vezes acordo, ou doente ou mal disposto e há sempre SEMPRE, uma fuça contente pronta a lambuzar o seu dono? Não me posso chatear com eles. São os melhores amigos. Confidentes? Sim também. Ouvem, ouvem e no fim lá damos uma guloseima.
O Jaba, de nome completo Jaba Augusto de São Sebastião e Bragança (Jaba porque tenho um fraquinho pela Star Wars e como ele era tão grande parecia um Jabu (demo) ou Jabba the Hut; Augusto porque era grande, magnânime; São Sebastião, foi o local onde nasceu; Bragança, foi o sr Bragaça que nos deu) era um Rafeiro do Alentejo, filho de campeões nacionais, tinha pedigree. Era imenso. Pesava 75 kg. O veterinário/a dizia que não conhecia nenhum tão meiguinho e grande como ele. Quando veio para casa, pequeno - que já era grande - parecia um boneco. Era colocado no banco de trás do carro, e quando paravamos lá estava ele na mesma posição. Tinha muitas paranóias: não subia ao primeiro andar, tinha medo da trovoada e foguetes, tinha medo da espumado mar, o reflexo dos azulejos bloqueava-o e tínhamos de pôr tapetes na cozinha para ele saír de lá....
Chamavam-no de vitelo na aldeia. Quando era a altura do cio, era uma tragédia. Plantava-se à frente da casa das pessoas e não deixava ninguém entrar, tinham de chamar a GNR e lá íamos nós buscar o Jaba.
Tenho muitas saudades dele. Enchia a casa. Tenho a certeza que proporcionei a este meu AMIGO uma vida agradável. Até ao fim, na sua agonia. Até sempre JABA.

 (ele gostava muito de correr nos areais, e, no topo da falésia, ver o mar)

(no seu pipoco que adorava - também - até ao fim, fiz questão que ele andasse nele)

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