26/11/2009

A amizade «vela de cheiro»



Há amizades que são como as velas de cheiro.
São bonitas e cheirosas. Quando começam, vão libertando um clima agradável, vão nos hipnotizando pela chama que arde no seu interior.

O fogo vai queimando lentamente a cera, e, aos poucos, a vela vai diminuido até se apagar. Fica geralmente a estrutura. Por fora, a vela continua bonita. Por dentro, já não tem nada. Até dá pena deitar fora!

Quantas amizades encontramos assim na nossa vida, perenes.
As que ficam, são aquelas que nunca acendemos.

(Na sala, hipnotizado pela lareira, dá-me para isto...)

25/11/2009

Momentum


Dupla de Drathaars dentro do Pipoco
Se um já é mau.... imaginem dois!!!!!


Barro a fitar os gansos na Quinta da Maria do Carmo (nha... nha...)

Mulheres, sofás e cães (podia ser um filme de Almodovar)


Uma das peças de mobiliário mais importantes para o universo masculino, é o sofá.

Quando é adquirido, nunca lhe prestam muita atenção, não interessando a cor ou a forma.
Ele é o expoente do castigo conjugal. «Vais dormir para o sofá», diz a esposa quando se zanga com o seu conjuge, afastando-o do leito comum e atirando-o para a frieza e solidão do sofá.
Penso que a maior parte dos homens não se rala muito por este facto, ficando mais as mulheres empolgadas com ele...
Eles já estão habituado a ele. Dormem grandes sonecas, antes, depois, durante o jantar. Podem lá estar horas intermináveis. Comem, babam-se, sujam fazem todas as porcarias que as mulheres não gostam.
Agora, para elas, pior que isto tudo é os espécimes, mais concretamente caninos.
Os cães, têm uma atracção semelhante aos homens pelos sofás. Não sei porquê. Gostam. Gostam e dormem grande sonecas também! Ora bem, nesta foto o menino Barro foi apanhado em flagra, numa soneca que como se pode ver, bem regalada! E para o tirar de lá? Rosna-me e morde quando o puxo, contrariado, lá se levanta a olhar muito sério para o dono, que entretanto já lhe deu umas chapadas.....

24/11/2009

Massive Attack, 22 de Novembro, ASAE OUT OF OFFICE


Após vários meses a comprar cd's dos Massive Attack (dei à Gi um cd dos Massive Attack em Dezembro passado para tentar matar aquele-que-canta-só-música-para-gajas, que näo me lembro agora o nome), o trip hop desta banda bateu forte e feio na Gi (deve ter sido à mistura com uns medicamentozinhos que ela toma....)

Para além disto, tive a infeliz ideia de a convidar para o concerto do dia 22-11-09 no Campo Pequeno. Lá fomos nós, mais a Cátia e o Carlos.

E, penso eu, que se näo fosse das batidas hipnotizantes do trip hop da dupla de Bristol e do que sei lá que beberam ao almoço mais a Francine, (que aliás, na minha modesta opiniäo deve ser a que tem mais juízo), aquilo descaiu para a contestaçao (com razäo) e para a quase violência ( - Se aquela gaja näo se senta....)

A sorte deles, foi o piquete da ASAE ter ido beber a bica....


O concerto foi espectacular. Robert Del Naja e Grant Marshall trouxeram uma banda de cinco elementos, com duas secções de percussão, e as vozes de Horace Andy e Deborah Miller, e ainda de Martina Topley-Bird, cantora que actuou na primeira parte do concerto. Mantendo a atenção e o espírito crítico, os Massive Attack voltaram a utilizar os painéis de LED para lançarem mensagens. Em «16 Seeter», alertaram para as despesas de luxo dos deputados britânicos, comparando-as com os custos para cuidados de saúde em África. Martina regressou a palco de quimono japonês para o obrigatório «Teardrop», cantado pelo público, e também para dar voz a «Psyche», uma das quatro faixas do novo EP «Splitting the Atom». Del Naja e Marshall voltaram a pegar no leme para um «Mezzanine» que aqueceu os ânimos, antes do regresso muito aplaudido de Horace Andy com a canção que o tornou famoso junto dos fãs dos Massive Attack: «Angel».

Alinhamento:
1. Bulletproof Love, 2. Hartcliffe Star, 3. Babel, 4. 16 Seeter, 5. Risingson
6. Red Light 7. Future Proof 8. Teardrop 9. Psyche 10. Mezzanine 11. Angel
12. Safe From Harm 13. Inertia Creeps
Encore 1
14. Splitting The Atom 15. Unfinished Sympathy 16. Marakesh
Encore 2
17. Karmacoma

(Quando puder coloco uns videos....)




17/11/2009

Hi-tech....

Quando ouvia falar da Bimbi, eu cepo nas artes culinárias, pensava naquela maquineta como um agricultor de 70 anos pensa num computador: uma máquina mágica que "faz tudo"!

A Gi, já tinha ido assistir a uma demonstraçäo privada na Maria do Carmo, e, depois de todos aqueles pratos, do pessoal atarefado na cozinha, quando lhe perguntaram:
- E que tal?
Ela respondeu:
- Acho muito engraçada, mas eu nao faço comida em casa....
Este fim de semana, no almoço de aniversário do Miguel, comentava-se as desvirtudes da Bimbi. Afinal nao era a máquina que fazia tudo. Tinha de se descascar as coisas!
Foi um descalabro. Um soco no estômago! Julgava que se metia para lá os ingredientes, e, voilá: uma feijoada maravilhosa!
Nada. Afinal nao é nada disto. É uma maquineta. Deve ser o Magalhaes da cozinha.
Reti, que a virtude que a Bimbi tem é de confeccionar as coisas no tempo que for programado. Ora que gaita!
Por isso, ontem, no final do jantar e perante os comilöes mais animados - os diabretes -  ficou a frase:
- Se tivesse uma Bimbi, fazia comida para os cäes....

14/11/2009

Ensaio sobre a possível morte do Sr. Kursk

No final da tarde de hoje, o Henrique, sempre disponível e pronto a fazer-qualquer-coisa, perguntou: «Tio, o que há para fazer?»
- Olha, limpa os peixes, que já não são limpos à muito tempo - respondi eu.
E lá o fez. Quando estava a tirar os últimos baldes de água, disse: «Tio, o peixe não está cá!!!»
- Impossível. - Respondi. - Vê bem se não o despejaste com os baldes!
E lá fomos à procura nos sítios onde despejou a água, se encontrávamos traços do Kursk. Nada.
O Kursk era o último de quatro peixes oferecidos no meu aniversário, já há alguns anos, pelo Paulo e miúdos.
O que teria acontecido a ele? Não o podemos dar como morto pois não existe corpo!
Logo se levantaram várias hipóteses: «Tia, os cães comeram-no!», «Estava um rato lá dentro, se calhar comeu-o!», «Foi uma garça». Sei lá, uma série de situações para tentar justificar o desaparecimento. «Morreu e desintegrou-se». Rematou a Gi para justificar o desaparecimento com uma afirmação tipo biblica - do pó vieste e não-sei-quê no pó te tornas...», só que ali, é adaptar para o meio aquático.
Bom. O que é certo é que não sabemos dele. Mesmo que tenha preparado um requiem, quando é que posso tocá-lo? O que faço à lata de comida para peixes de lago? Será que o Henrique continua a receber os 2,5€ pela limpeza dos peixes?
Para o mim, o que aconteceu, passo a descrever em flashback:
A água do tanque há muito que já não era mudada, estava com grande concentração de dióxido de carbono. O Kursk era obrigado a vir à superfície várias vezes respirar, onde a água era mais oxigenada. Quando os diabretes não têm água, vão beber ao tanque dos peixes, e, terá sido numa destas conjunturas - Kursk à superfície + sede diabretes - foi apanhado e comido ou tirado para o chão.
Vou continuar à procura. Se encontrar sinais dele, então sim. Morreu o Sr. Kursk!

12/11/2009

Tesourinhos deprimentes - III

Quando comprámos a nininha (a carrinha Volvo) - tudo aqui tem um nome - , há cinco anos, fomos buscá-la num sábado.
Na segunda-feira de manhã quando fui para o trabalho, espreitei-a, toda bonita, e..... ia caindo de cú! Estava toda riscada! Capot, tejadilho..... Foi um choque. Era de ir às lágrimas. Um carro, novo em folha, com 2 dias, todo riscado!!!! E o que foi? A menina Violeta, a cadela dos meus vizinhos, copiando os hábitos do gato do mesmo dono, ia dormir para cima do carro. Só que como era grande, riscou o carro todo. Tentámos tudo: enxutá-la, ameaçá-la, nada. Fizemos o que se faz à milénios: levantámos uma vedação à volta da carrinha. Parecia uma gaiola.

Todo este paleio para quê?
Ora bem. Em Dezembro, a nininha foi substituída por um novo. Ao fim de umas semanas o carro novo apareceu todo roido, sim disse ROÍDO, nas embaladeiras frontais e pára-choques. Uma brincadeira, segundo a Baviera de 860 €..... E o que foi? Foi o menino Remo, que detectou algum rato no berço do motor e pôs-se a roer o carro para ver se chegava a ele. Chocado? Não. Conformado.

Regresso à Ursa

A Ursa, é uma praia practicamente selvagem. Fica entre o Cabo da Roca e a praia da Adraga. O seu difícil acesso pelas arribas, preserva-a das multidões e da destruição humana. Lá tudo é selvagem. É linda.

(Praia da Ursa)
Costumávamos no Verão, ir para lá. Levávamos um lanche, e ficávamos o dia inteiro. O Spot, o Dálmata da minha mãe, ia connosco. Era um dia excelente. Ao fim do dia, trepávamos pela arriba acima, e fazíamos o caminho até Almoçageme já meio-mortos.
Agora em Outubro voltei lá com o Paulo. Não fomos lá abaixo. Mas os dois, na arriba, com o vento a soprar na cara, o barulho do mar revolto, e, a mesma paisagem, intocável, brava, agreste. Era como não tivessemos saído dali durante todos estes anos.
 
(eu e o meu pipoco na Ursa)



(cogumelo na Ursa - comparar com o tamanho do relógio)